Uma das características mais impressionantes dos computadores é a capacidade de armazenar dados. Se o cérebro humano ainda é mais poderoso em termos de capacidade de processamento que os computadores atuais (leia mais), o mesmo não pode ser dito em termos de capacidade de memória.
Qualquer computador mediano de hoje em dia possui um HD de cerca de 1 terabyte. Isso é memória suficiente para armazenar 4 milhões de fotos, ou 1,5 mil horas de vídeo. Quem é capaz de armazenar tamanha quantidade de dados? Absolutamente ninguém. Não somos capazes de chegar nem perto disso.
Porém, esses dados armazenados são facilmente perdidos. Quem não já perdeu dados importantes que copiou em um HD ou cartão de memória que se perdeu ou deixou de funcionar?
Então não adianta ter capacidade para armazenar, o armazenamento tem que ser seguro e de preferência, “eternizado” de alguma forma. E foi pra atender essa necessidade que surgiram os armazenamentos na nuvem.
A nuvem nos retirou o estresse e o risco de perder o HD e junto com ele muitos dados importantes como trabalhos, documentos, fotos antigas, etc... Mas ao mesmo tempo nos retirou a autonomia. Agora os nossos dados não dependem apenas de nós mesmos, mas da confiança em terceiros.
Quando armazeno meus dados na nuvem da Amazon, ou Google, ou Microsoft etc, estou automaticamente confiando que essas empresas não irão perder meus dados. E além disso, a depender da quantidade de dados que eu preciso armazenar, o serviço passa a ser pago via mensalidade ou anualidade.
Mas eis que surgiu o blockchain que, embora não tenha sido idealizado com esse fim, abre uma possibilidade de ser usado para armazenar informações e eterniza-las na rede. Isso porque uma vez a informação tendo sido incorporada no blockchain, ela jamais poderá ser apagada. E tudo isso de forma descentralizada, sem precisar confiar em terceiros, e nem pagar mensalidade nem anualidade alguma.
Porém não existe milagre. A capacidade de armazenar dados do blockchain ainda é irrisória, e apenas comporta armazenar pequenas quantidades de informação. Porém como conceito ele é bem interessante, e quem sabe no futuro essa não passe a ser a principal utilidade dessa tecnologia? Só o futuro dirá!
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