Seria o Universo o derradeiro “almoço grátis”?

Já sabemos por meio da ciência, mais especificamente pela Teoria do Big Bang, que o Universo Observável estava condensado em uma singularidade há pouco mais de 13 bilhões de anos, e que tem se expandido de forma contínua e consistente desde então.

E essa conclusão traz implicações interessantes. Uma delas é que a singularidade possui dimensões subatômicas, e portanto não está regido pelas leis da física clássica, mas da física quântica.

E a física quântica todos sabemos que não é algo muito amigável ao nosso senso comum, ou a obedecer aos princípios lógicos da razão clássica.

Tomemos por exemplo a identidade. Na lógica clássica uma coisa não pode ser e não ser algo ao mesmo tempo, mas na física quântica pode. Por exemplo as ondas eletromagnéticas são partículas-onda, ou seja, hora se comportam como uma partícula, hora se comportam como ondas, a depender do experimento e da observação.

Outra curiosidade do mundo quântico é a causalidade. Porque pela nossa intuição, senso comum e razão clássica a gente tem um princípio muito forte dentro de nós que diz que “tudo tem que ter uma causa”. Porém no mundo quântico existem eventos sem causa, os ditos espontâneos. Por exemplo, o decaimento radioativo, ou mesmo a própria expansão do Universo.

E isso nos deixa com uma possibilidade bem curiosa para o Universo. Se o Universo era uma singularidade regida pelas leis quânticas, e no mundo quântico a causalidade não é uma necessidade ontológica, então a própria singularidade que deu origem ao nosso Universo pode ter se originado literalmente “do nada”, e a partir daí ter se expandido até os nossos dias atuais. Ou seja, é possível que o Universo seja o derradeiro “almoço grátis”!


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