Eu não sei vocês, mas achei essa notícia bem impressionante:
Ela diz que 20%, ou seja, uma em cada cinco transações do bitcoin não é usada para transferência do token, mas para outra coisa: armazenar e assim eternizar dados no blockchain do bitcoin. E mais, essas transações são todas geradas por uma única empresa, a VeriBlock.
Essa empresa pelo que li usa o conceito de “proof-of-proof”, que seria uma forma de garantir a segurança do blockchain de altcoins pequenas pegando carona no blockchain do bitcoin, que obviamente é bem mais segura porque possui muito mais hash de mineração do que o de qualquer outra moeda.
Isso nos revela muita coisa. Uma delas é que as altcoins pequenas que ainda se utilizam do conceito de “proof-of-work” estão correndo cada vez mais risco de ataques de 51%, e precisam adotar medidas extras de segurança como essa de pegar carona no blockchain do bitcoin se quiser sobreviver.
A outra conclusão é que o próprio blockchain do bitcoin está virando um ativo por si só, e a tendência é que ele seja usado cada vez mais como forma de eternizar dados de forma segura na rede.
Se essa tendência se consolidar, veremos esse percentual que hoje já é de 20% facilmente aumentar para mais de 50%. E isso terá um significado filosófico importante, pois o blockchain do bitcoin estará primariamente sendo usado como banco de dados seguro, e apenas secundariamente como um meio de transferir tokens.
E obviamente esse aumento nas transações tende a aumentar as taxas pagas nas transferências, o que irá desincentivar ainda mais o uso do blockchain para esse fim.
Ou seja, podemos estar começando a ver um fenômeno futuro, em que o blockchain do bitcoin não será mais usado para a moeda bitcoin, mas por empresas diversas pagando taxas para usar o blockchain para armazenar e eternizar dados importantes.
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