Porque é importante saber se há vida

A minha postagem anterior voltou a tocar num tema polêmico: o abortamento. E como sempre acontece nesses temas, comentários interessantes aparecem e terminam me dando ideias e inspiração pra criar novas postagens.

E essa postagem é sobre um argumento que eu ouço bastante. É tipo assim:

Sobre a questão do aborto pra mim é totalmente irrelevante ficar discutindo se já é uma vida ou não, se é moral ou não. Pra mim o que importa é que proibido ou não sempre vai continuar acontecendo. E se sempre vai acontecer, que pelo menos seja feito de forma segura e adequada.

Esse argumento tem sim a sua validade por ser bem pragmático e realista. Afinal é a pura verdade que mesmo proibido ele irá continuar acontecendo. Basta ver o Brasil hoje, ou qualquer outro país do mundo onde o aborto ainda é proibido. Mesmo com a proibição o que não faltam são casos de abortos clandestinos. Então a proibição não elimina o aborto, apenas faz com que ele seja praticado em clínicas clandestinas e às escondidas.

Mas porque não compartilho com esse argumento? Porque ele abre um precedente muito perigoso.

Afinal um estuprador pode dizer que “mesmo o estupro sendo proibido ele continuará existindo. Então que pelo menos seja feito de forma segura e adequada”.

Ou até mesmo um assassino pode dizer que “mesmo o assassinato sendo proibido ele continuará existindo. Então que pelo menos seja feito de forma segura e adequada”.

Ou seja, a moralidade de uma ação é muito importante pra saber se ela merece ou não ser proibida por lei. Independente de ela continuar sendo feita mesmo proibida, ainda assim, se for imoral, tem que ser proibido.

Então no caso do aborto é preciso sim analisar a moralidade do ato, e para isso é fundamental discutir filosoficamente quando começa a vida.


pixabay

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