Minha decisão virá pelo perdão

Primeiro turno finalizado e aqui estamos nós já na contagem regressiva para a votação definitiva que irá decidir de uma vez por todas quem será o nosso presidente pelos próximos quatro anos.

Só de falar isso já dá uma dor na espinha, a coisa é séria. Teremos que aguentar as suas decisões para os rumos da nação por nada mais nada menos que quatro anos.

Quem acompanha as minhas postagens aqui no Steemit já sabe que eu não sou nem um pouco partidário de anular o voto. E torci até onde pude para que esse cenário atual, com Haddad de um lado e Bolsonaro do outro não se concretizasse, apesar das pesquisas de opinião indicarem que seria isso que iria acontecer.

Mas eu não vou anular o meu voto, é só o que tenho como certeza até o momento. Ainda que me colocassem pra escolher entre o capeta e o capiroto, ainda assim eu escolheria um dos dois (se bem que nesse caso não teria muito o que escolher, pois seriam a mesma pessoa rss).

Ainda não tenho nada decidido na minha cabeça. Até onde me lembro essa é uma das escolhas mais difíceis que terei que fazer na vida. Na política com certeza será a mais difícil de todas.

Porque de um lado temos um destemperado que não mede as palavras que fala. Fala tanta besteira que acho que ele deve fazer isso meio que como estratégia de marketing pra chamar atenção e sair na mídia. Tipo “falem mal mas falem de mim”. E como o brasileiro tem uma veia meio cômica e de querer levar tudo na gozação, acho que é por isso que estão votando no Bolsonaro, só pode. Não estão levando o que ele fala a sério e estão encarando ele meio que como um comediante, um palhaço. Espero que seja isso mesmo, porque as coisas que ele fala são de arrepiar os cabelos de qualquer pessoa de juízo.

Do outro lado temos o poste de um presidiário. Um partido que diz fazer as coisas “para os pobres” enquanto rouba bilhões. Aliás, não dá pra chamar de partido, é uma quadrilha mesmo. Acho que na cabeça deles, só porque dão bolsa família aos pobres se acham no direito de roubar e pior, se revoltam quando alguém descobre, negam tudo até onde podem, mesmo tendo sido julgado e condenado pela justiça do país. Para eles não existe Constituição, nem instituições, nem leis, nada. O que existe é o partido deles e o que eles julgam ser o certo a ser feito, nem que o certo seja proteger um condenado. Como pode um partido continuar existindo se não acredita na justiça nem nas instituições democráticas do próprio país? Sem comentários.

Então está muito difícil pra mim, uma verdadeira tortura, não tenho palavra melhor pra descrever esse momento. Mas aos poucos as coisas vão se iluminando na minha cabeça, de forma que eu espero que as coisas fiquem cada vez mais claras daqui até a hora de ficar de frente para a urna.

E uma coisa que tem me iluminado recentemente é uma palavra: perdão.

Apenas a título de argumentação, imagine que você estivesse diante de dois condenados pela justiça à prisão, mas que você teria que escolher um deles pra ser libertado. A única coisa que você sabe sobre os dois é que ambos cometeram erros enormes e que mereciam ambos ficarem presos, mas que você é obrigado a “presentear” um deles com a liberdade. O que você faria?

Foi meditando sobre isso que cheguei à conclusão do perdão. O perdão é uma das atitudes mais belas de nós humanos. Por meio dele podemos esquecer os erros dos nossos semelhantes. E isso é ótimo. Só que ele não vem de graça, ele tem um condicional. A condição para o perdão é o arrependimento.

Então eu olharia nos olhos dos dois culpados e tentaria decifrar com a minha alma aquele que revelasse estar mais arrependido dos erros que cometeu.

Voltando então para os candidatos a presidente eu pensei: porque não usar esse mesmo raciocínio do perdão dos arrependidos para os candidatos atuais à presidência?

Então perguntei a mim mesmo: quem parece estar mais arrependido dos erros que comete? O PT sequer reconhece seus erros, diz que tudo não passou de golpe, de perseguição, que Lula é uma vítima inocente, que é um preso político e por aí vai.

O Bolsonaro também é muito boçal e orgulhoso, parece que tudo o que diz é a verdade que ele pensa mesmo, até quando elogia torturadores como Brilhante Ustra. Ou seja, mesmo considerando o perdão dos arrependidos, fica difícil.

Mas acho que o Bolsonaro se arrepende mais, pois já vi ele diversas vezes de alguma forma “se desculpando de algumas das suas vociferações”. Tipo “só disse aquilo no calor do momento”, ou “na época que eu disse aquilo a realidade era outra”, etc… Ou seja, ele dá leves sinais de se arrepender mais do que a quadrilha organizada do PT.

Então posso dizer que não defini nada ainda, e espero conseguir me decidir até lá. Mas se eu seguir essa linha de raciocínio exposta por mim aqui, o meu perdão irá para o Bolsonaro. Posso até errar na escolha, mas garanto que errei na tentativa de acertar.

Vai ser dureza. Que situação é essa em que nós chegamos Brasil. Socorro!


pixabay


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