Pode parecer meio que um paradoxo, mas nada é mais criativo que o caos.
A ordem serve para nos dar previsibilidade apenas, e nada mais. Porque o caos é tão criativo que cria instabilidade e insegurança diante do que possa vir a surgir.
Pegue por exemplo as máquinas e computadores inventados pelo homem. Elas são a antítese do caos, ou seja, são totalmente previsíveis e fazem exatamente aquilo que programamos elas para fazer. Mas exatamente por isso que não possuem criatividade alguma, não criam nada novo.
E o que seria da vida sem o caos das mutações aleatórias? Se existe evolução das espécies, se existe diversidade de espécies, é justamente graças à possibilidade do caos, da aleatoriedade. Claro que só de caos não se vive. Mas sem o caos não há o oxigênio da inovação.
Grande parte das descobertas da ciência foram fruto da serendipidade. Mas o que é a serendipidade senão a surpresa diante do imprevisto? Imprevisto esse fruto do caos?
Quem jamais imaginou que hoje teríamos um celular nas mãos mais possante e poderoso que um computador de mesa dos anos 90? Ninguém.
Ninguém prevê nada, essa é a verdade. O caos é dono do Universo. Ele vai pra onde quer, basta que o deixemos livre para agir.
Sem o caos não há risco, mas sem risco não há vida, muito menos inovação.
O preço da inovação é justamente a coragem pra encarar as incertezas.
Mas a sabedoria não está em ter medo de errar, mas em torcer pelo erro para com ele desvendar as bordas do acerto. Com o erro podemos nos aperfeiçoar, embora a perfeição seja como o infinito, ela existe mas nunca a atingiremos.
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