Toda empresa só sobrevive se lucrar, ponto final. Nenhuma empresa continua com suas portas abertas sem lucrar nada, ou dando prejuízos.
E porque começar essa postagem falando logo isso? É porque existe a concepção errônea de que, seja com legislação, burocracia, tributação e etc, é possível de alguma forma diminuir o lucro e a lucratividade das empresas.
O Brasil por exemplo é um dos países que mais atrapalham a lucratividade das empresas. Aí eu pergunto: isso realmente diminuiu a lucratividade delas? Não mesmo, muito pelo contrário. As empresas brasileiras, proporcionalmente ao capital investido, estão entre as mais lucrativas do mundo.
Então essa conta não bate. Não adianta dificultar muito a vida das empresas, porque no fim elas só terão interesse em continuar existindo se os lucros da sua atividade compensarem os riscos e despesas que elas têm.
O Brasil é um país arriscado para se empreender. E por isso mesmo, quem empreende aqui só o faz se conseguir uma taxa de retorno maior para os seus investimentos para compensar os riscos que ele corre. Porque todo investimento é assim, quanto maiores os riscos, maiores devem ser as taxas de retorno. Caso contrário ninguém vai querer investir.
E se existem poucas empresas, e as poucas que existem só aceitam operar com uma margem de lucro grande pra compensar os riscos de atuar no Brasil, então no final de tudo quem é que está pagando a conta?
Ora, é o consumidor. Primeiro porque temos poucas empresas, basta ver as nossas taxas de desemprego. E se há poucas empresas, também há pouca concorrência. E se há pouca concorrência, os bens e serviços oferecidos tendem a ser de menor qualidade e maior preço.
E é justamente isso que acontece no Brasil. Há poucas empresas com pouca concorrência, oferecendo poucas mercadorias, de baixa qualidade e altos preços. E o consumidor final, eu e você, é que pagamos a conta de toda essa palhaçada, todo esse “custo Brasil”.
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