O paradoxo de Epicuro: minha visão

Já que minhas postagens anteriores tocaram nesse tema das crenças e transcendências, e despertaram bons debates sobre isso, que tal continuar nessa linha?

Nessa postagem vou trazer aqui um paradoxo que muitos de vocês já devem conhecer, talvez até a maioria. O paradoxo de Epicuro:


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Deus deseja prevenir o mal, mas não é capaz? Então não é onipotente. É capaz, mas não deseja? Então é malevolente. É capaz e deseja? Então por que o mal existe? Não é capaz e nem deseja? Então por que lhe chamamos Deus?

E o que eu acho sobre ele? Bem, eu acho que ele realmente deixa bem claro como é complicado imaginar seres muito acima da nossa compreensão, como seria um suposto Deus. E quando tentamos imaginar que esse Deus é “todo poderoso” e “todo bondoso” ao mesmo tempo, esses conceitos começam a entrar em conflito lógico um com o outro.

Afinal, se ele é ao mesmo tempo “todo poderoso” e “todo bondoso”, então porque permite que o mal desnecessário exista? Não tem explicação, a não ser que você assuma que na verdade nenhum mal é desnecessário. E que todo mal em última instância aos olhos de Deus é um bem.

Mas assumir isso não resolve muita coisa. Soa mais como uma “saída pela tangente”, visto que basta observar o mundo e a realidade pra ver a quantidade de sofrimento que existe sem justificativa plausível alguma.

Então a minha conclusão pessoal sobre esse paradoxo é que ele realmente existe e é insolucionável. Porque moralmente prefiro acreditar que ele não tem solução a achar que todo mal existente é de alguma forma necessário.

Gostou da leitura e quer mais? Aí vão algumas sugestões:

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