Onipotência implica inefabilidade

Essa postagem é meio que uma continuação do raciocínio desenvolvido na postagem anterior “Deus pode tudo?”. Então quem não leu eu sugiro dar uma lida lá primeiro.

Bem, lá eu questionei a afirmação de que “Deus pode tudo”, porque na verdade não teríamos como ter certeza disso nunca.

Então resolvi elaborar mais esse raciocínio e trazer ele aqui. Ele tem a seguinte forma:

  1. Conceba um ente "todo poderoso";
  2. De 1) conclua que ele PODE mentir;
  3. Se ele PODE mentir, não dá pra ter certeza nunca do que ele pode ou não fazer;
  4. Se não dá pra saber o que ele pode ou não fazer, não se pode dizer que ele é "todo poderoso";
  5. Chegamos à contradição do 4) com o 1).

Conclusão: o conceito de algo "todo poderoso" é um conceito que se auto destrói, morto em si próprio.

Veja que eu não precisei ter certeza que ele mentiu. Basta apenas que ele POSSA mentir pra gerar toda a dúvida.

Ou seja, você afirmar que algo ou algum ente é “onipotente” faz com que você acabe se auto contradizendo, se auto desmentindo. Porque a onipotência de um ente acaba inevitavelmente nos levando à inefabilidade e incognoscibilidade desse mesmo ente.


pixabay

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