Essa postagem é meio que uma continuação do raciocínio desenvolvido na postagem anterior “Deus pode tudo?”. Então quem não leu eu sugiro dar uma lida lá primeiro.
Bem, lá eu questionei a afirmação de que “Deus pode tudo”, porque na verdade não teríamos como ter certeza disso nunca.
Então resolvi elaborar mais esse raciocínio e trazer ele aqui. Ele tem a seguinte forma:
- Conceba um ente "todo poderoso";
- De 1) conclua que ele PODE mentir;
- Se ele PODE mentir, não dá pra ter certeza nunca do que ele pode ou não fazer;
- Se não dá pra saber o que ele pode ou não fazer, não se pode dizer que ele é "todo poderoso";
- Chegamos à contradição do 4) com o 1).
Conclusão: o conceito de algo "todo poderoso" é um conceito que se auto destrói, morto em si próprio.
Veja que eu não precisei ter certeza que ele mentiu. Basta apenas que ele POSSA mentir pra gerar toda a dúvida.
Ou seja, você afirmar que algo ou algum ente é “onipotente” faz com que você acabe se auto contradizendo, se auto desmentindo. Porque a onipotência de um ente acaba inevitavelmente nos levando à inefabilidade e incognoscibilidade desse mesmo ente.
pixabay
Gostou da leitura e quer mais? Aí vão algumas sugestões:
- Marte possui água líquida em abundância
- O que é orientação sexual?
- Realidade triste ou ilusão feliz?
- O Objetivismo de Ayn Rand
- Perdão tem preço
- Ignorância, subjetividade, moralidade
- O Brasil precisa de um choque de capitalismo
- Viagem aos limites do Universo
- Socialismo dentro do capitalismo?
- Nada surge do nada
- O Argumento Cosmológico
- Você já viu algo surgir?
- Deus pode tudo?