Ignorância, subjetividade, moralidade

Quanto menos dominamos um assunto, quanto menos o compreendemos, mais temos a tendência de achar que ele é subjetivo.

Vou tentar exemplificar. Imagina uma tribo primitiva qualquer que não domina bem a matemática. Sendo assim, em um dado cálculo uns vão chegar a um resultado e outros a outro. Mas como ninguém domina bem a matéria, não há como dizer quem está certo e quem está errado. E portanto pra eles a matemática vai parecer que é algo subjetivo.

Podemos dizer o mesmo com a química por exemplo, que inclusive era confundida com a alquimia. Como não se dominava muito ela, cada um dava uma interpretação diferente aos fenômenos.

E assim é com tudo. Até com o Sol, quando não sabíamos direito o que ele era, cada um dava a sua interpretação, tendo a maioria dos povos primitivos o considerado um Deus. Ou melhor, deuses, pois cada tribo o interpretava como um deus diferente.

Tendo feito essa introdução, quero voltar num assunto que muito me interessa, e que por isso mesmo pretendo fazer vários posts sobre ele: a moralidade.

Eu costumo dizer que estamos na “Idade das Trevas” da moralidade humana. Isso porque não a encaramos da forma correta, não a compreendemos a fundo. Cada um dá a sua interpretação. Uns dizem que ela é dogmática, dependente de fé pessoal. Outros dizem que ela tem raízes pragmáticas e seculares, racionais. E no meio dessa confusão toda, há até aqueles que dizem que ela sequer existe, que o certo e o errado é tudo mera convenção social, sem nenhuma razão objetiva de ser fora de uma dada cultura.

Então concluindo, eu defendo que a moralidade não só existe, mas é objetiva, tão objetiva quanto a matemática, a física, a química, ou qualquer outro ramo do conhecimento humano baseado em fatos. Apenas que nós ainda estamos “tateando no escuro”, sem compreender ainda qual caminho seguir para compreendê-la melhor. E é por essa nossa relativa ignorância em termos morais que a moralidade nos passa a impressão de ser algo puramente subjetivo, onde cada um tem e cria a sua própria moralidade.

Após essa breve introdução, vou nas próximas postagens sobre esse assunto tentar esclarecer cada vez mais as bases dessa moralidade objetiva.


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