Promiscuidade: liberdade ou imoralidade?

Aí vai mais uma postagem minha tratando de filosofia, mais especificamente de moralidade secular. Secular porque o tema é promiscuidade, e quando se fala em moralidade religiosa não tem muito o que se discutir. Quase todas as religiões consideram a sexualidade fora do casamento um pecado. E muitas até defendem que sexo só deve ser praticado quando se está disposto a ter filhos, como prega a Igreja Católica, que diz que o sexo deve estar sempre “aberto à reprodução”. E por isso mesmo que ela proíbe até o uso da camisinha.

Mas voltemos à moralidade secular. Basicamente ela se assenta no princípio de que o ser humano deve ser o tão livre quanto possível pra viver a sua vida como bem entende. E o que significa deixar o ser humano livre? Significa que é proibido proibir? Não, claro que não. Apenas significa que você deve ter uma boa justificativa pra retirar a liberdade de alguém e proibi-lo de fazer algo.

E uma das justificativas pra fazer isso é justamente quando temos duas liberdades em conflito. Porque se a liberdade é um valor humano secular, então a sua liberdade é tão valiosa quanto a do outro. Em outras palavras, a sua liberdade acaba quando começa a do outro.

Então após essa breve introdução, voltemos ao tema da promiscuidade. Onde se encaixaria então a questão da promiscuidade? Seria ela algo aceitável, apenas mais uma das tantas liberdades humanas que devemos valorizar e proteger? Ou entraria ela em conflito com a liberdade de alguma outra pessoa?

É um tema polêmico com certeza, mas eu tendo a achar que ela é sim uma liberdade que fere a dignidade humana. Como assim liberdade que fere a dignidade humana? Isso mesmo, uma liberdade desumana.

Imagina o seguinte, que uma pessoa tenha liberdade para cortar o seu próprio braço só porque assim o queira. Será que essa liberdade é válida? Se ele assim o quiser, pode ele se auto imolar? Pode ele ser livre pra atacar a sua própria dignidade enquanto ser humano? É um caso a se pensar, mas eu acho que não.

Então sim, você é livre, mas essa liberdade deve ser usada para que você busque a sua felicidade e dignidade, e não o contrário. Quando você a usa de forma irracional, com a intenção de se prejudicar, sabendo que depois irá se arrepender, acho que isso não é bem liberdade, mas a armadilha de um vício. E a promiscuidade pra mim não passa de um vício, o vício pela busca do prazer sexual desordenado.


pixabay

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