O problema do Haddad é ideológico; o problema do Bolsonaro é psicológico

Já estamos quase nos despedindo das eleições 2018. Mas que tal fazermos uma última análise dos candidatos a presidente? Acho que a essa altura do campeonato todo mundo já deve ter decidido em quem vai votar, mas ainda assim é bom continuar analisando os prós e contras de cada um.

Eu já decidi o meu voto, mas não foi fácil. Nenhum dos candidatos que chegaram ao segundo turno me satisfazem politicamente. Isso porque eu sou um libertário.

Para um libertário, o ser humano é predestinado a ser livre. Ele é dono da sua vida e dos seus destinos. Ele escolhe os seus caminhos, e a ninguém é dado o direito de se intrometer nas suas decisões de vida sem ser convidado. Um libertário é alguém que acredita no indivíduo. O único limite para a liberdade de alguém é a liberdade do outro.
E é dentro desse raciocínio que quero analisar os dois candidatos a presidente.

De um lado temos Haddad. Haddad é o poste do momento do “partido” PT. Esse partido que não reconhece erros, e pra eles parece não existir o certo e o errado, o moral e o imoral. Pra eles tudo parece ser uma mera questão subjetiva de ponto de vista, e onde tudo pode ser “justificado” de alguma forma. O certo é aquilo que favorece o seu partido e o seu ponto de vista ideológico, e errado é tudo aquilo que os contraria. Negam até o óbvio se necessário for para defender o seu viés ideológico. Venezuela é ditadura? Cuba é ditadura? Nada disso, é questão de ponto de vista. Lula roubou? Que nada, é apenas perseguição política, o judiciário do país é que não é confiável. E por aí vai... as questões mais absurdas são relativizadas pelo pessoal do PT para favorecer os seus pontos de vista e visão de mundo. Então o problema do Haddad é ideológico.

Do outro lado temos o Bolsonaro. Uma figura polêmica não tanto pelo que faz, porque em 30 anos de política pouco fez, mas principalmente pelas palavras duras que fala. Ele literalmente não tem Papa na língua, fala sabendo que suas palavras irão chocar. Falou em fuzilar ex-presidentes, em bater em filho gay, em fechar o Congresso, etc... E parece que essa forma grosseira de pensar é de família. Recentemente vazou o vídeo de um dos seus filhos falando em fechar o STF com um soldado e um cabo:

Então o problema do Bolsonaro não é tão ideológico, pois ele não me parece ser dogmaticamente cego por nenhuma ideologia, e até se arrepende com facilidade de algumas besteiras que fala. Mas exatamente por conta dessas besteiras que acho que o seu problema está mais para o psicológico.

Então fica claro que para um libertário a escolha entre os dois é uma escolha bem longe do idealizado. Porém, levando em consideração o ponto de vista liberal na economia, e desconsiderando as besteiras que ele fala, o Bolsonaro com certeza se aproxima bem mais do voto dos libertários que o Haddad.


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