Esta postagem é a continuação de um raciocínio desenvolvido numa postagem anterior (Promiscuidade: liberdade ou imoralidade?). Lá argumentei que a sina do ser humano é ser livre, o tão livre quanto possível. Mas que existem certas liberdades que ferem a dignidade humana.
Mas aí naturalmente surgiu a questão: quem define quais as liberdades que ferem e as que não ferem a dignidade humana?
Bem, basicamente a liberdade humana é um valor moral, mas não um fim em si mesmo. Ela existe tendo em vista um propósito maior, que é a busca individual pela felicidade e pela vida plena. Então a liberdade é apenas um meio necessário para atingir esse objetivo, e não um fim em si mesmo.
A finalidade é sempre a busca de uma vida feliz, plena e saudável. Toda liberdade que não seja usada com o propósito de buscar a felicidade e a plenitude da vida humana é considerada uma liberdade indigna e desumana, que fere a dignidade humana.
Sendo assim, eu não posso usar a minha liberdade para prejudicar os outros, mas igualmente também não posso usá-la para me prejudicar. O raciocínio que se usa pra proibir uma pessoa de prejudicar os outros pode ser usado para que ela não possa se auto-prejudicar.
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