Como respondi ao teste dos presidenciáveis de Veja - parte 2

Essa postagem é a continuação da postagem anterior:

Como respondi ao teste dos presidenciáveis de Veja - parte 1

Então vamos às respostas às 10 perguntas restantes:

11 - Você é a favor de cotas raciais nas universidades?

Não. O Estado deve ser agnóstico em relação a cor da pele, ou qualquer outra característica irrelevante do ser humano. A única coisa que poderia justificar cotas raciais seria a tal da “dívida histórica”, que não passa por uma análise mais detalhada da sua validade. Além do mais, ainda que considerássemos tal dívida, a correção não viria com cotas, mas com bolsas de estudo distribuídas preferencialmente para negros. Aí sim, eles entrariam nas Universidades por mérito e em igualdade de condições, e não pela porta dos fundos só por serem negros.

12 - Você é a favor do projeto “Escola Sem Partido”, que limita a discussão de temas com cunho ideológico em sala de aula?

Sim. Lugar de escola é educar, e não doutrinar. Lugar de escola é razão e ciência, e não dogmas ou achismos filosóficos tendenciosos por razões de interesses escusos. A verdade deve estar acima dos interesses temporários e circunstanciais de quem ensina.

13 - As relações diplomáticas e comerciais do Brasil devem priorizar quais países?

Na verdade o Brasil deve priorizar aqueles países que compartilham os mesmos valores morais e econômicos que ele, independentemente de onde esses países estejam localizados no globo terrestre. A resposta mais próxima disso disponível é “mais desenvolvidos”.

14 - O Estado deve interferir na iniciativa privada para garantir a igualdade salarial entre homens e mulheres?

Não. E se o Estado se intrometer, o que vai acontecer na prática é que as empresas vão preferir contratar mais homens e evitar contratar mulheres. Implementar essa “idealização da realidade” não deve ser papel do Estado. Isso é tratar o Estado quase como um Deus justiceiro, onipotente e onipresente. Uma verdadeira estatolatria. Tipo “a realidade não é exatamente perfeitinha como eu gostaria, então é papel do Estado corrigir todas essas pequenas imperfeições”.

15 - Você é a favor do Fies, programa no qual o governo empresta dinheiro, a juros baixos, para que alunos se matriculem em universidades particulares?

Sim. Nenhum investimento que o governo faça se paga mais que o investimento na educação do seu próprio povo. Porém faço uma ressalva de que a prioridade deve estar sempre na educação básica, e não na de cursos superiores. Só deveria ter dinheiro pra financiar universitário se não existisse criança alguma sem aula por falta de escola.

16 - Você é a favor da taxação de grandes fortunas e cobrança sobre lucro de acionistas?

Não. O Estado deve ser agnóstico em relação à renda das pessoas. Riqueza não é qualidade, mas tampouco é defeito. Da mesma forma que pobreza não é defeito, tampouco é qualidade. Essa visão totalmente materialista da vida onde o valor ou falta de valor de um indivíduo está nas suas posses é errada. Independentemente de ser pobre ou rico, todos são iguais perante a lei, e devem contribuir para o país de forma exatamente igual, proporcional à sua renda.

17 - Você é a favor da cobrança de mensalidade, de alunos que tenham condição de pagar, nas universidades públicas?

Com certeza. Aliás, tenho as minhas dúvidas se devemos permitir aos que podem pagar que ingressem nas escolas públicas e gratuitas, cuja intenção inicial da sua criação foi justamente dar educação para quem não pode pagar.

18 - Você é a favor da redução do número de ministérios, que hoje são 29?

Com certeza. Hoje os Ministérios são nitidamente criados para fisiologismo e pra troca de favores entre políticos, e não por necessidade técnico-administrativa. Essa quantidade de Ministérios é o reflexo mais nítido e latente da política do “toma lá dá cá”.

19 - Você é a favor da redução da maioridade penal, atualmente em 18 anos?

Sim. A idade penal deve ser a mesma do consentimento e do voto. Se já pode consentir, se já pode votar pra presidente, então já é sim responsável pelos seus atos.

20 - Você é a favor do financiamento público de campanhas eleitorais?

Não. Financiamento público deve vir da própria população quando concorda com aquele partido e aquelas ideias. É isso o que justifica inclusive a própria existência de um partido, o apoio popular. Qualquer coisa além disso só serve para distanciar os partidos dos seus apoiadores, e só interessa pra sustentar máfias partidárias e políticos profissionais que vivem de verbas partidárias num verdadeiro esquema de mamada de tetas.


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