Vitalik Buterin, o gênio por trás da criação da moeda ethereum, que inaugurou o conceito de smartcontracts fez recentemente uma comparação que achei tão interessante quanto pertinente. Ele fez uma analogia entre o bitcoin e uma calculadora, explicando assim que o ethereum seria o equivalente a um smartphone:
“Pense na diferença entre uma calculadora de bolso e um smartphone, onde uma calculadora de bolso cumpre muito bem uma função específica. Mas, na verdade, as pessoas querem algo que possa fazer outras coisas. E se você tiver um smartphone, então você tem uma calculadora de bolso como um aplicativo, você tem um player de música como um aplicativo, você tem um navegador da web como um aplicativo e praticamente todo o resto. Então, basicamente, tomando o mesmo tipo de ideia de aumentar o poder do sistema, tornando-o mais genérico e aplicando-o a várias blockchains” fonte
Realmente é bem por aí mesmo. O protocolo do bitcoin é simplório e serve apenas pra trocar tokens entre carteiras. Já o do ethereum serve para rodar código e inserir lógica nas transações.
Mas aí me veio uma outra questão. É que se esse raciocínio for válido, que o que importa não é o token em si, mas o protocolo e o ambiente de execução por trás dele, então esqueçamos essa ideia de criptomoedas como “moedas”. Não são mesmo.
Devemos encarar essas “moedas” como “protocolos de execução de código imutável”. Ou seja, verdadeiros sistemas operacionais cuja execução, uma vez realizada, não pode jamais ser desfeita.
Se passarmos a encarar dessa forma aí sim, iremos procurar não mais “a melhor moeda” para investir, mas o “melhor e mais promissor ambiente de execução”. Que assim seja!
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