A incoerência lógica de querer fazer justiça “em nome de Deus”

Toda religião tem uma série de preceitos e ditames morais que teriam sido transmitidos aos homens por alguma sabedoria divina. E esses ditames são inegociáveis. Aos homens restariam segui-los e obedecer aos mandamentos divinos ou ser devidamente punido, não tem meio termo.

E essa punição seria decidida pelo próprio Deus numa espécie de “julgamento final”. Os homens por serem imperfeitos e decaídos pelo pecado, seriam incapazes de julgar adequadamente. Somente o próprio Deus seria capaz de fazer um julgamento perfeito, final e definitivo dos nossos pecados.

Diante disso penso eu que os religiosos entram em contradição lógica quando tentam eles mesmos julgar no lugar de Deus, inclusive querendo interferir nas leis.

Tomemos por exemplo o caso da transfusão de sangue. Há religiosos que consideram isso um pecado. Mas seria coerente querer colocar na lei que fazer transfusão de sangue é crime?

Outro caso clássico e bem exemplificativo disso é o do aborto. Há religiões que são radicalmente contrárias ao aborto em qualquer caso. Mas seria coerente um religioso querer tornar essa prática um crime interferindo nas leis? Ou seria isso uma contradição diante do que ele mesmo acredita: na justiça divina?

Está aí uma bela provocação pra ser pensada. Mas eu penso que essa questão se resolve respeitando um princípio muito simples:

“Quem contraria as leis dos homens que seja julgado pelos homens.
E quem só contraria as leis de Deus que seja julgado somente por Deus.”


pixabay

Gostou da leitura e quer mais? Aí vão algumas sugestões:


Sponsored ( Powered by dclick )

dclick-imagead

H2
H3
H4
Upload from PC
Video gallery
3 columns
2 columns
1 column
25 Comments