Açúcar não é um alimento, é uma droga

Já que entrei no assunto de alimentação e nutrição na minha postagem anterior “Ética alimentar”, vou continuar nesse assunto aqui. Só que dessa vez tratando de uma substância específica, mas que consumimos ela em excesso hoje em dia: o açúcar

Nessa postagem vou defender uma tese de que o açúcar na verdade não é um alimento, mais uma droga. E pra você que é meio viciado nessa substância espero que ela sirva de um estímulo a mais pra que você tenha forças pra abandonar esse vício.

Bem, primeiro de tudo pra dizer que algo é uma droga, precisamos primeiro definir o que entendemos por tal. As principais características que uma substância deve ter pra ser classificada como uma droga são:

  • Alto poder de vício
  • Baixo valor nutricional
  • Ter um forte fator antinutricional
  • Ser inflamatório e/ou tóxico

E o açúcar possui todas essas características.

Ela tem um alto poder de viciar, e alguns experimentos já mostraram inclusive que ela pode ser mais viciante que drogas ilícitas como a própria cocaína:

https://oglobo.globo.com/sociedade/saude/acucar-causa-dependencia-similiar-da-cocaina-revela-estudo-19074840

E na verdade nem precisava desse estudo né. Quem aqui nunca se sentiu meio viciado em coisa doce?

O segundo item é o baixo valor nutricional dessa substância. É verdade que o corpo humano precisa de energia pra se sustentar. E açúcar é uma das formas de energia que ele se utiliza na forma de glicose circulante no sangue. Aí você pode raciocinar que se o corpo precisa de glicose, e açúcar se transforma em glicose, então o corpo precisa de açúcar. Mas esse raciocínio está errado por dois motivos.

O primeiro motivo é que a glicose não é a única forma de energia que o corpo se utiliza, ele também pode se utilizar da gordura. Inclusive a gordura é a forma de energia que ele prefere tanto usar quanto estocar no nosso corpo. Pra ele estocar energia não utilizada ele sempre precisa converter ela em gordura, até mesmo o excesso de glicose.

O segundo motivo é que mesmo que a glicose fosse a única forma de energia do corpo, ainda assim não precisaríamos ingerir ela, pois o corpo não só sabe converter glicose em gordura, mas também o inverso, ele sabe converter gordura em glicose quando precisa dela.

Outra questão relacionada ao açúcar é ele ter um forte fator antinutricional. E o que seria isso? Seria a necessidade do corpo se utilizar de nutrientes essenciais só pra processar o açúcar. O açúcar em excesso exige muito do corpo, necessitando produzir quantidades enormes de insulina, o que por sua vez necessita de magnésio, vitaminas do complexo B, enxofre, etc… E o corpo fica carente de vários desses nutrientes essenciais sempre quando você ingere açúcar em excesso.

Outra questão é ser inflamatório e/ou tóxico. Sabemos que o açúcar requer que o corpo produza muita insulina, e a insulina é um hormônio bastante inflamatório. E além disso o corpo prefere consumir energia na forma de gordura, pois o resultado do seu processamento nas células é mais limpo. A glicose quando consumida pelas células libera mais substâncias tóxicas no corpo que a gordura.


pixabay

Bem esse assunto é muito extenso e dá pra se aprofundar bastante em cada um desses itens. Mas espero que tenha dado pra ter uma visão geral da coisa. O açúcar, quando consumido em pequenas quantidades “não vai nem vem”, não faz diferença alguma no nosso corpo. Porém quando consumido nas quantidades que estamos consumindo hoje em dia, aí podemos dizer sem medo de errar que estamos nos drogando e não nos alimentando. #Ficaadica

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