A nossa querida ministra do STF Cármen Lúcia disse recentemente uma daquelas frases que soam lindas aos ouvidos, mas que não passam em um exame mais detalhado da sua veracidade.
Não adianta querer adocicar a realidade, ludibriando aqueles que preferem viver do lúdico a encarar a realidade como ela é, com todas as suas dores e delícias.
Vamos analisar o que é a saúde. A saúde, essa que você carrega com você e que você não precisa do favor de ninguém para mantê-la é uma dádiva. Você a tem e a sua manutenção só depende de você se alimentar adequadamente e se preocupar com o seu próprio bem-estar físico.
Mas quando ela falha e passa a ser uma doença que necessita dos favores alheios, ela deixa de ser uma dádiva e passa a demandar o trabalho de terceiros. Nesse sentido ela passa a ser um serviço, uma mercadoria oferecida por terceiros interessados em te ajudar.
E Cármen Lúcia sabe disso, tanto que quando fica doente não sai à procura de ONGs de médicos que trabalham de graça, ou de curandeiros sem fins lucrativos, mas vai procurar provavelmente os hospitais mais caros da cidade, com os médicos de renome que trabalham em troca de um bom cascalho.
Então não adianta adocicar a realidade quando ela lhe parece cruel. Saúde é sim uma mercadoria, quer você goste dessa verdade ou não. E assim ela deve ser tratada. Não adianta nada prometer “saúde de graça” e depois cobrar impostos. Isso não passa de prometer caridade com o chapéu alheio. Ou então regulamentar demais os planos de saúde de forma a deixar esse mercado constrangido e sem concorrência, com as empresas sem interesse nenhum de fornecer um bom serviço.
Por isso eu sou a favor de deixar esse mercado livre. Deixem as empresas oferecerem os seus serviços, e as que sobreviverão serão as que melhor atenderem as demandas dos seus clientes pelo menor custo.
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