Você sabe o que é o problema do oráculo no mundo das criptomoedas? Não? Então eu vou te explicar.
Uma das maravilhas que surgiram junto com a invenção das criptomoedas foram os “smart contracts”, ou “contratos inteligentes”. Esses nada mais são do que códigos de computador incorporados à blockchain de alguma criptomoeda que os suporte, como por exemplo o Ethereum.
E uma vez incorporados à blockchain eles se tornam eternos e imutáveis, ninguém consegue alterá-los. E mais que isso, eles executam automaticamente assim que uma dada condição é alcançada, como uma data, uma quantidade de moedas em uma conta, ou ainda alguma condição do mundo real é satisfeita.
E é exatamente nesse último caso, uma condição do mundo real, que surge o “problema do oráculo”. Porque como uma condição do mundo real é um evento externo ao blockchain, então o código para executar corretamente vai depender da confiança de um agente externo que irá prover essa informação ao código assim que o evento acontecer. E é esse agente de confiança que chamamos de oráculo.
Mas aí já se percebe qual o problema com ele: a confiança. Porque toda a ideia de contratos inteligentes gira em torno da descentralização do contrato e em não depender da confiança de terceiros, apenas do código. Mas se no fim de tudo continua dependendo de confiar no oráculo, então não fez muita coisa, apenas “trocou seis por meia dúzia”.
Ou seja, o problema do oráculo continua sendo o ponto fraco e o calcanhar de aquiles dos contratos inteligentes. Muito se tem feito para tentar ao máximo resolver esse problema, mas ele continua sendo a grande barreira à utilidade prática e à adoção em massa dos “smart contracts” no mundo real.

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