Eu já vivi com pouco e com muito, o que muda são as prioridades e o conforto. A maioria das pessoas sonha com uma conta a partir de 6 dígitos no banco, mas precisamos de tudo isso?

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Quando eu comecei a trabalhar, ganhava 200 reais por mês. Para um estágio de meio turno, enquanto ainda morava na casa dos pais, não dava para reclamar. Mas quando fui para a faculdade, já gastava 920 reais por mês entre mensalidade do curso, alimentação e hospedagem.
Depois da faculdade, os custos só aumentam. Dependendo da cidade e da localização, só o aluguel custa mais do que um salário mínimo. Quem mora em capital, sabe do que eu estou falando. Mesmo morando em bairros mais distantes, o transporte tem que entrar na conta.

Foto: Renda domiciliar per capita no Brasil | IBGE
São Paulo tem um dos custos de vida mais caros e é necessário ganhar o dobro para se manter por lá. Este custo e outros problemas da capital paulista me fizeram optar por voltar ao interior. Ganho menos, mas também gasto menos e tenho mais qualidade de vida.
No entanto, percebi que quanto maior a renda, mais gastamos. Quando tive mais condição, troquei de carro, alguns móveis, eletrônicos e passei a frequentar restaurantes, teatro, cinema, apresentações e viajar muito mais.
Quando cabe no orçamento, tudo bem, mas é importante fazer as contas para não gastar mais do que deveríamos. Será que o problema é realmente quanto ganhamos ou quanto estamos gastando?